Influenciadora “Mulher Abacaxi” Denuncia Transfobia em Boate de São Paulo

Sep 11, 2025 at 11:48 PM

Marcela Porto, conhecida como Mulher Abacaxi, denunciou publicamente ter sido impedida de entrar em uma casa noturna em São Paulo devido à sua identidade de gênero. O incidente, que envolveu a influenciadora e uma amiga transexual, gerou grande indignação e levantou discussões sobre a persistência da discriminação em espaços públicos. A artista e ativista, com o apoio de Leonora Áquilla, que também é uma figura proeminente na comunidade trans, registrou o ocorrido junto às autoridades, buscando justiça e visibilidade para o problema da transfobia. Este episódio ressalta a importância de combater preconceitos e garantir que todos os indivíduos, independentemente de sua identidade de gênero, tenham acesso igualitário a espaços sociais.

A discriminação contra pessoas transexuais, como vivenciada por Mulher Abacaxi, continua sendo um desafio significativo na sociedade, apesar dos avanços legais e da crescente conscientização. O ato de barrar alguém de um estabelecimento com base em sua identidade de gênero é uma clara violação dos direitos humanos e da legislação que visa proteger a comunidade LGBTQIA+. A união e a voz de Marcela e Leonora, ao denunciar publicamente e formalmente o ocorrido, servem como um lembrete contundente de que a luta pela igualdade e inclusão ainda é uma realidade diária para muitos. Este incidente específico não apenas destaca a necessidade de fiscalização rigorosa, mas também a urgência de uma mudança cultural que promova o respeito e a aceitação.

Incidente de Discriminação em Casa Noturna

Na madrugada da última quinta-feira, a influenciadora Marcela Porto, famosa como Mulher Abacaxi, usou suas redes sociais para expressar sua frustração e indignação após ser barrada na entrada da boate Casarão, localizada na Rua Augusta, em São Paulo. De acordo com o relato da Mulher Abacaxi, o motivo da recusa de sua entrada seria o fato de ela ser uma mulher transexual. A influenciadora estava acompanhada de um grupo de amigos, incluindo dois homens cisgêneros heterossexuais, uma mulher cisgênero chamada Gabriela, e outra mulher transexual, Iza Maria. Segundo a denúncia, apenas Marcela e Iza Maria foram impedidas de entrar na boate, enquanto os demais acompanhantes tiveram acesso livremente. Diante do ocorrido, Marcela Porto procurou uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência, buscando responsabilizar o estabelecimento pela discriminação.

Marcela Porto, que também é rainha da bateria da escola de samba Em Cima da Hora, no Rio de Janeiro, relatou que estava em um bar com suas amigas quando decidiram ir até a Rua Augusta para dançar. Ao chegar à boate Casarão, ela e sua amiga trans foram impedidas de entrar. Em um vídeo compartilhado, a influenciadora expressou sua incredulidade com a situação, afirmando: “Estou aqui em São Paulo. Vim fazer uns trabalhos aqui. Fui beber com meus amigos, fazendo festa, chamaram para o Casarão, nem sei que Casarão é esse. Chegando aqui, não pude entrar por ser trans.” Uma amiga de Marcela complementou: “Todo mundo entrando e a Marcela não entrou.” A influenciadora destacou que, apesar da boa vontade do recepcionista, a responsabilidade recai sobre a gerência ou a direção do local. Ela enfatizou que a situação não ficará impune, reiterando seu direito de acesso a qualquer lugar. A equipe da revista Quem tentou entrar em contato com o Casarão Augusta para obter um posicionamento, mas até o momento não houve retorno, e o estabelecimento permanece em funcionamento.

Solidariedade e Luta Contra a Transfobia

A denúncia de Marcela Porto rapidamente ganhou repercussão, e a influenciadora recebeu um importante apoio da jornalista e coordenadora Municipal da Diversidade, Leonora Áquilla, que também é uma mulher trans. Leonora Áquilla utilizou seu perfil no Instagram para manifestar sua solidariedade e repudiar o ato de transfobia sofrido por Marcela. Em um vídeo divulgado, Leonora declarou que o incidente com a Mulher Abacaxi é um caso grave de preconceito que exige apuração. Ela salientou que, em pleno ano de 2025, a LGBTfobia e, especificamente, a transfobia são crimes, e proibir a entrada de uma mulher trans em um estabelecimento é uma clara violação da lei. Leonora enfatizou que a situação não ficará impune e que exigirão uma retratação e uma resposta contundente da boate.

O apoio de Leonora Áquilla a Marcela Porto amplifica a voz contra a discriminação e reforça a importância da união da comunidade LGBTQIA+ na defesa de seus direitos. A mensagem de Leonora destaca que, apesar dos avanços legais que criminalizam a transfobia, ainda há estabelecimentos que persistem em práticas discriminatórias. O episódio serve como um alerta para a necessidade de fiscalização e conscientização contínuas. A ação de registrar um boletim de ocorrência e a visibilidade dada ao caso por figuras públicas como Marcela e Leonora são cruciais para combater o preconceito e garantir que incidentes como este não se repitam. A luta por um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, é um compromisso constante que exige a participação ativa de toda a sociedade.

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